Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009

advice II

 

Be careful what you wish for
cause you just might get it all
you just might get it all and then some you dont want.

 

 

 

publicado por daily às 19:46

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Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

Dormir no deserto e o Oásis de Fint

A partilha desta viagem já vai longa e não tenho tido nem tempo real, nem tempo psicológico (vulgo vontade...) de escrever, pois ando um bocado cansada e férias é o que eu já estou a precisar outra vez...

Mas como me propus a escrever esta experiência resta-me continuar...

 

A saída para o deserto foi feita desde o Auberge du Sud. Tínhamos 1h e 30m de viagem até ao acampamento sentados nuns confortáveis camelos, que nos arruinaram o rabo e zonas adjacentes, mas que nos proporcionaram a vista de um pôr do sol inesquecível.

 

O pôr-do-sol deserto

 

Chegados ao acampamento, jantar (comi a melhor sopa do mundo!) e mais uma musiquinha berbere para animar. Nessa noite fomos deitar-nos cedo, porque queríamos acordar para ver o sol nascer. As nossas camas estavam preparadas na rua, no meio da areia e dormir debaixo das estrelas enche a alma!

A meio da noite acordei com a luz e pensei que tinha perdido o momento do nascer do sol, mas era a luz da lua que, entretanto, tinha também nascido.

Antes do pequeno-almoço, e com a higiene íntima por resolver, lá fomos sentar-nos numa duna e ficámos à espera do sol. Nesse momento, o deserto encheu-se de cores que eu não conhecia e que ainda agora não consigo descrever.

 

 

 

O nascer do sol

 

Depois do pequeno-almoço, voltámos para o Auberge (mais uma hora e meia de camelo) e pudemos beber um café e tomar um mais que merecido banho!

Foi com pena que saímos do Auberge du Sud, mas tínhamos mais 300Kms à nossa frente até ao Oásis de Fint, perto de Ouarzazate.

O Oásis de Fint foi-nos sugerido pelo dono do Auberge du Sud, como forma de fugir aos locais mais turísticos. Combinámos que, chegados a Ouarzazate, iríamos telefonar para nos irem buscar, pois em Marrocos é difícil viver de indicações!

E assim foi! E foi outra aventura. O Oásis de Fint é uma pequena aldeia onde se vive em comunidade e onde se cultiva e produz aquilo que se come. Não há estrada para lá, e tivemos que enfiar o nosso Dacia Logan alugado pelo meio de crateras de terra batida, pedras e até um rio! Enfim, todo um filme! Claro que não há rede de telemóvel e só há 2 anos que aquele lugar tem electricidade, graças ao actual rei de Marrocos.

O Oásis é outro local saído de um filme. O rio, onde se lava a roupa, a vegetação, que pinta tudo de verde, e as pessoas que são assim do mais simpático possível.

 

 

Oásis de Fint

 

Pela primeira vez comi manteiga caseira e fui a atracção dos adolescentes da aldeia, quando fomos nadar ao rio (mulheres de bikini é coisa que não abunda em Marrocos!).

Depois de termos ajudado a carregar um fogão (sim, que ali toda a gente tem de ajudar!) e de termos feito de taxistas para um dos homens da aldeia (fomos com ele comprar fruta, iogurtes e tal), continuámos o nosso caminho, desta vez em direcção à costa, a Essaouira.

 

 

TO BE CONTINUED...

 

publicado por daily às 20:43

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Terça-feira, 15 de Setembro de 2009

De Ouarzazate para Erg Chebbi: o deserto

Li, já não recordo onde, que quem vai ao deserto uma vez, não resiste em voltar mais uma e outra e outra vez...

 

Saímos de Ouarzazate de manhã ou, pelo menos, tentámos. As caixas multibanco estavam meio escavacadas e nem estrangeiros nem locais conseguiam levantar dinheiro. Deitámos contas à vida: tínhamos uns trocos para o café e para pôr uns litros de gasolina.

Já equacionávamos telefonar para casa na tentativa de arranjar dinheiro de uma forma qualquer, quando o sistema operativo voltou a funcionar e lá conseguimos ficar com as carteiras cheias de dirhams e o depósito de combustível. E lá fomos então para em direcção a Merzouga, a cidade (vá ok, cidade...) no deserto.

Passámos por Agdz e a mudança da paisagem tornou-se óbvia: vários oásis no meio de um sítio árido e um calor muito mais seco do que aquele que tínhamos experimentado até então. Montanhas a perder de vista.

 

A caminho do deserto

 

Parámos em Tazzarine para almoçar. Tazzarine é uma cidade que faz lembrar uma emissão em directo ao estilo "algures no deserto" à Artur Albarran: muita gente nas ruas, muitos carros, barraquinhas de comida, carroças e um calor abrasador. O céu coberto com uma camada de areia, por onde passava a luz mas não se via o sol, antecipando a tempestade que iríamos atravessar a seguir.

Decidimos almoçar no restaurante do único hotel da cidade. Era agradável, com um jardim e uma piscina, onde um grupo de crianças marroquinas fazia uma festa de mergulhos. A comida era aceitável (hummmmm tagine, que saudades!), comemos melancia daquela mesmo boa e finalizámos com um café. A animação durante o almoço consistiu em que um dos miúdos resolveu "evacuar" na piscina e andavam os empregados todos de um lado para o outro a tentar resolver a situação ! Enfim, só em Marrocos.

 

Continuámos a nossa viagem ansiosos por chegar a Rissani, a maior cidade junto ao deserto.

No caminho a paisagem ficou ainda mais árida e passámos por uma tempestade de areia, daquelas com direito a remoinhos e tudo!

 

Tempestade de areia

 

Tínhamos efectivamente chegado ao deserto! E os camelos à beira (ou na) estrada não deixavam margem para dúvidas.

Quando saímos de Portugal pareceu-nos importante levar o GPS já que iríamos passar muito tempo a conduzir num país totalmente estranho. Não sabíamos então que Marrocos está mesmo muito mal cartografado, e, quando chegámos a Rissani, tivemos que perguntar o caminho para Merzouga.

Perguntar o caminho não tem nada de estranho... excepto se for em Marrocos! A partir do momento em que se dirige a palavra a alguém fica-se meia hora a falar, porque perguntam tudo: de onde somos, onde vamos ficar a dormir, quanto pagámos pelo aluguer do carro, etc, etc.

Depois de despachar a conversa chegámos a Merzouga. Não chamaria aquele sítio de cidade, é assim mais um lugar. Com umas casas, umas dunas e muita gente na rua (para não variar!).

Mais uma vez tivemos que perguntar qual o caminho para o nosso hotel e ficámos a saber que tínhamos que andar uns 15 km para trás, entrar numa pista (a típica estrada de terra batida) e percorrer essa estrada durante uns 30 Km e estávamos lá!

Com o coração nas mãos, a pensar no nosso carro alugado e a imaginá-lo já todo partido, demos meia volta e lá fomos procurar o Auberge du Sud.

Andar em pista com qualquer carro que não seja um jipe é de coragem, mas finalmente chegámos ao nosso destino, apenas com um tampão do carro "algures no deserto"...

O Auberge du Sud é assim um sítio mágico, mesmo junto às dunas de Erg Chebbi. E é tão fantástico que qualquer coisa que escrevesse seria completamente aquém da realidade. Só estando lá! A paisagem, o ambiente do auberge, as pessoas... nunca tinha vivido nada assim e agora só penso em regressar...

 No dia seguinte, e aconselhados pelo Hamid (o nosso anfitrião), fizémos um passeio de jipe pela zona de Erg Chebbi: fomos ver os fósseis, ouvir música tradicional berbere à tribo dos Gnaoua (onde fomos convidados para assistir a um casamento - momento mais National Geographic seria impossível!!!), ver o lago (sim, há um lago enorme no meio do deserto), tomar chá com uma família nómada, comer pizza berbere (que saudades...) e visitar o oásis que serve a população da tribo dos Gnaoua.

 

 

 Erg Chebbi

 

 

 O deserto visto da piscina do Auberge du Sud

 

 No final da tarde, regressámos ao auberge para apanhar o camelo mais próximo e partir para passar a noite no deserto.

 

 

TO BE CONTINUED

 

música: we're on the road to nowhere
publicado por daily às 22:27

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Sexta-feira, 4 de Setembro de 2009

De Marrakech a Ait-Benhaddou e Ouarzazate

Como escrevi no post anterior, conduzir à noite em Marrocos é por si só toda uma experiência, mais uma que faz daquele país um local especial.

Saímos de Marrakech em direcção a Ait-Benhaddou cerca das 18 horas e, como tínhamos aproximadamente 200 Km para percorrer, achámos que chegaríamos a Ait-Benhaddou às 8 ou 9 da noite. A ignorância era imensa...

Além de não termos ainda experimentado as estradas marroquinas com tudo o que as caracteriza, não sabíamos também que esse percurso é feito pela única estrada que liga Marrakech a Ouarzazate, estrada essa cheia de curvas e curvinhas pelo meio das montanhas. Tudo isto conjugado com camiões carregados até à alma e a andar à estonteante velocidade de 7 km/hora (não, não estou a exagerar...) fez-nos chegar a Ait-Benhaddou às 23h e 30m, mas na expectativa de qual seria a paisagem no dia seguinte ao acordar.

 


 A Curva e a contracurva na estrada para Ouarzazate :)

 

Ficámos hospedados numa Maison d'hôtes mesmo à entrada de Ait-Benhaddou, de seu nome Lokfel. Aconselho a visitar o site desta pequena casa de hóspedes e acreditem que as fotografias fazem justiça ao espaço: é mesmo assim! Lindo!

Apesar de termos chegados tão tarde e de sermos os únicos hóspedes naquela noite, tivemos direito a um óptimo jantar de Tagine Kefta (quem gosta de Kebabs vai adorar!), acompanhado de umas cervejas geladas e ainda sobremesa. Muito bom!

 

O jantar no Lokfel

 

Como tínhamos saído do carro carregados com as nossas malas, máquina fotográfica e os sacos das nossas compras em Marrakech, esquecemo-nos de trancar o carro. Alguém que estava a passar reparou e foi ao hotel avisar-nos. Espírito marroquino!:)

 

Na manhã seguinte, tínhamos um fantástico pequeno-almoço no terraço do Lokfel à nossa espera: pão, compotas, manteiga, sumo de laranja natural, café e bolo.

 

 Pequeno-almoço maravilha:))

 

 O terraço do Lokfel, em Ait-Benhaddou

 

Estar em Ait-Benhaddou é como ter entrado numa máquina do tempo. Quando finalmente pude ver aquele lugar emocionei-me de uma forma que racionalmente não consigo explicar. É lindo mas de uma forma simples e despretensiosa, e não é à toa que filmes como "Jesus de Nazaré", "A jóia do Nilo" ou "O Gladiador" tenham tido aqui o seu cenário.

Por 10 dirhams (cerca de 1 euro) pode-se visitar o seu interior e percorrer aquelas ruas, com casas cheias de pormenores e construídas com tijolos feitos de barro e palha. Junto ao Kasbah há ainda um leito de um rio, na altura seco, mas que pelo recorte das margens mostra ser enorme.

 

 

 

Kasbah de Ait-Benhaddou

 

 O que resta da arena do "Gladiador"

 

 Os belos dos tijolos de barro e palha a secar ao sol

 

Depois de mais um café numa esplanada com vista para o kasbah, seguimos para Ouarzazate, um percurso desta vez mais tranquilo, de apenas 30 Km.

Ouarzazate é uma cidade muito turística, onde estão os estúdios de cinema, que se podem visitar. Como não era essa a nossa onda, dedicamo-nos a passear um bocado e a apreciar a gastronomia local.

Na rua, ofereceram-nos chocolate pour la tete , convite que tivemos que declinar, pois aqui não se brinca com essas coisas!

 

 

 

Ouarzazate

 

 

Como na manhã seguinte iríamos seguir para o deserto, bebemos uns gins na esplanada do hotel e fomos dormir.

 

 

 TO BE CONTINUED...

 

sinto-me: com saudades du Marrocos...
publicado por daily às 19:56

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