Hoje ao almoço disse a uma das minhas colegas: "Só me faz sentido comemorar o 25 de Abril quando este calha num dia de semana..."
Ando com a alminha tão dorida, eu...
Enquanto espero que a máquina acabe de lavar a roupa acendo um cigarro e ponho-me com pensamentos. Mania. Virtude. Sei lá eu. Esta velha/nova/recorrente questão sobre a maldade humana entorpece-me. Enfada-me. Um grande vai-te fu!, dito à boca cheia, sentindo cada letra.
Somos todos bons e todos maus. Temos momentos. Ok. Isso até entendo. E aquela malta que é sempre, sempre uma peste? Que não dá uma p'rá caixa? Que é, na realidade, uma grande confusão de massa fecal?
Afastamo-nos, é óbvio. E se temos que viver com eles? Maior do que a questão da alma gémea, esta assume-se mais importante. É tipo a alma não-gémea ou qualquer coisa desse género. É uma alma perdida que nos faz perder tempo e, às vezes (muitas!), a paciência. A minha alma não-gémea actual (sim, porque se a alma gémea é difícil de encontrar, as outras são como as putas, estão ao virar de cada esquina) é um fenómeno. Nunca tinha estado perto de um exemplar destes e, de facto, impressiona. É falta de estrutura moral e emocional colada à total ausência de consciência. Há até quem já lhe tenha chamado "um Hitler".
A máquina já terminou. Vou estender roupa.