I don't know you
But I want you
All the more for that
Words fall through me
And always fool me
And I can't react
And games that never amount
To more than they're meant
Will play themselves out
Take this sinking boat and point it home
We've still got time
Raise your hopeful voice you have a choice
You've made it now
Falling slowly, eyes that know me
And I can't go back
Moods that take me and erase me
And I'm painted black
You have suffered enough
And warred with yourself
It's time that you won
Take this sinking boat and point it home
We've still got time
Raise your hopeful voice you had a choice
You've made it now
Take this sinking boat and point it home
We've still got time
Raise your hopeful voice you had a choice
You've made it now
Falling slowly sing your melody
I'll sing along
Tenho saudades do tempo em que sabia tudo! Sim, houve uma altura na minha vida, talvez por volta dos vinte anos, em que eu sabia tudo o que há para saber sobre tudo! Sabia como era e, principalmente, como seria o meu futuro. Estava tudo tão bem definido na minha cabeça, que, dias há, em que me parece impossível agora não saber nada.
Não sei nada sobre nada, agora que tenho trinta anos. Uma década bastou para a minha incapacidade se tornar permanente. Não sei quem sou e nem o que quero ser (quando for grande...).
Isto do ir aprendendo com a vida e com a experiência que ela nos dá seria muito bonito, se, de facto, aprendesse alguma coisa. O meu problema não é a teoria - essa sei-a toda - mas sim a prática. No fundo, vejo-me a cometer os mesmos erros, ainda que em contextos diferentes.
E tudo isto a par de uma auto-avaliação constante dá-me cabo da cabeça. Sinto que ando aqui aos trambolhões, olho à volta e continuo aos trambolhões. A ignorância do "saber tudo", do não questionar, é mesmo um estado de graça.
Apenas encontro um lado positivo. Neste sobe e desce de emoções é tudo muito mais intenso. O bom e o menos bom. E quando é bom é fantástico.
Espero que a próxima década me traga mais questões, mas também mais definições. Andar assim ao de leve na vida não é fácil.
Esquecida.
Em cada dia que passa.
Nunca mais revi a graça, desses olhos, que eu amei.
Má sorte.
Foi amor que não retive.
E, se calhar, distraí-me.
Qualquer coisa que encontrei.
Já há uns tempos que não tinha um sábado à tarde em casa. Andar por aí soa sempre melhor, mas hoje o universo proporcionou-me uma tarde com os meus botões.
Já lavei uma máquina de roupa e estendi, e estou a preparar uma segunda (roupa clara e roupa escura. sou o orgulho da minha mãe ;)).
Vou pendurar uns quadros nas paredes. E vou pintar mais um, que estes dias foram sofridos.
Tenho que me acalmar. Que ver o lado positivo de tudo, de todas as coisas, de todos os medos. Em vez de um quadro, talvez pinte uma parede...
Vou beber um café e fumar um cigarro na varanda, aproveitar a tarde de Outono para me equilibrar.
Vou começar a ler um livro qualquer e esperar que me encha a alma e os pensamentos.
E vou continuar...
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Se há coisa que me irrita são os estereótipos. E, infelizmente, a minha escolha profissional está mesmo no centro de um. Sou educadora de infância. Ninguém me obrigou a sê-lo, foi uma escolha bastante consciente. Gosto de estar com os mais pequenos e isso torna o dia-a-dia mais fácil. Entra-se na escola e esquece-se tudo o resto.
No entanto, toda a gente está à espera que uma educadora seja apenas isso. Isto é, seja pura e casta, e viva para a profissão. E isto a mim dá-me cabo da cabeça, porque eu não poderia ser mais o oposto a isto. Sou mulher. Gosto de sair à noite, beber copos e dançar. Fumo. Aprecio uma boa noite de sexo. E, no meio de tudo o que me caracteriza enquanto pessoa, (TAMBÉM) sou educadora de infância.
Todavia, tenho consciência que foi a própria classe profissional que assim se definiu. Como referi anteriormente, estou a trabalhar num novo colégio e, as horas de almoço são assim um suplício. As minhas colegas só falam em crianças, nos filhos delas, nos sobrinhos, nos alunos... enfim, uma verdadeira seca! São capazes de ser as pessoas mais desinteressantes que conheci nestes últimos anos.
E não há lugar para falar de absolutamente mais nada. Já tentei falar de outras coisas, mas foi impossível continuar. Có-cós, xi-xis e máquinas de bombear leite do peito, isso sim, dá para conversar os cinco dias da semana!
Estou lentamente a chegar à conclusão que eu é que estou mal, pois toda a gente está feliz assim.
Resta-me meter a viola no saco e ir tocar para outra freguesia!