Há malta mesmo parva... porra...
Nem sequer gostava muito mas agora não consigo viver sem ele. Adoro o meu Iphone...
Este fim-de-semana dei de caras com um antigo namorado, daqueles que eram mesmo paixões profundas, ou não tivesse eu na altura quinze anos. Dei de caras com ele e com o respectivo rebento, uma criatura já para aí com dez anos.
Está careca e mais gordo. Mas pareceu-me bem. Não sei se feliz, mas bem.
Pensei em mim. E nele. Há dezassete anos atrás estávamos os dois no mesmo sitio, partilhávamos gostos e opiniões. Éramos "iguais".
Agora nem por isso.
Ele deve ter feito o que todas as pessoas crescidas fazem: casou, teve filhos e deve ter um empréstimo ou dois. Eu, por outro lado, faço as mesmas coisas que fazia aos quinze anos: estou com os amigos, saio à noite, vou viajar. A única diferença que vejo é que agora trabalho em vez de estudar e tenho mais liberdade e mais dinheiro.
E isto deixou-me feliz!
"Porra T." - pensei - "Do que tu te livraste!!!"
Se todos gostássemos do amarelo, o que seria do azul...
É, sem dúvida, mais fácil mandar a responsabilidade dos nossos pesos de consciência para cima de outra pessoa. "Ai e tal, sou tão traumatizado porque não sei quem fez-me não sei o quê há não sei quanto tempo." - dizemos todos, pelo menos uma vez na vida ou uma vez por dia, dependendo do grau de auto-pena (?!?) de cada um.
Somos cheios de pré-conceitos sobre quem nos rodeia, porque comparamos pessoas, atitudes e personalidades, baseados na nossa própria experiência. O problema é que nem sempre ajuizamos bem e vamos cometendo erros por aí com uma leveza do caraças. E, de traumatizados, passamos, sem saber, a ser a causa do trauma de outro.
Seria bem mais simples se me dissesses, sem medo, vou só ali beber uma imperial com a minha amiga com quem gosto de conversar e já vou ter contigo. Mas sem medo. Porque o medo denuncia traumas. Coisas mal resolvidas. E se, anteriormente, alguém se zangou contigo porque foste beber uma imperial com uma amiga com quem gostavas de conversar isso não é um problema meu. É teu. Resolve-o.