Odeioooooooooooooooooo aquela merda! Dass!!!!
Hoje foi um dia de gato (em oposição ao de cão, visto que os cães muito pouco fazem para se desenrascarem e também porque os gatos são mais audazes e aventureiros).
Hoje foi um dia de gato, porque pela manhã desejei ter a sua capacidade de tomar banho na minha própria baba, porque água a sair pela torneira nem vê-la! E desta vez nem me esqueci de pagar a conta nem nada! Um cano não sei quê, que me fez ir trabalhar com uma micro higiene à base de toalhitas e efeito pega-monstro o dia todo.
E a vida não era suposto ser assim (tenho esta ideia...eu...).
Sou do tempo das princesas, do cavaleiro andante, com ou sem cavalo ou com alguns, não importa, mas sempre merecedor do título. Ou do que eu julgava que isso significava. Amor único e incondicional, selado com um beijo sem língua e a vida para todo o sempre no castelo e/ou palácio. Talvez no palácio não se rebentasse o cano e a bela da princesa conseguia ir princesar limpinha...
Ensinaram-me isto, ou eu quis aprender, e só descobri há bem pouco tempo (Jesus! - em inglês s.f.f.) que afinal há canos que rebentam e que se calhar o cavaleiro é andante por se pôr a andar quando a irmã ou prima da Cinderela lhe dá uma piscadela de olho e uns amassos no armário das vassouras.
De facto, o que preenchia o meu imaginário infantil ou uma parte dele, pelo menos, não era assim muito saudável. Ou então era, mas dramático. Uma Heide que tinha um avó e um amigo nas montanhas e, vá lá compreender-se, o senhor morre e a criatura tem que ir para a cidadee no meio disto ainda havia uma miúda em cadeira de rodas. Um Marco que gritava a plenos pulmões (e isto apenas no genérico da série) para a mãe não se ir embora e não o deixar ali. E depois as princesas com maçãs envenenadas, picadas de roca nos dedos, madrastas assassinas e com pouco nível, mas que lá se iam safando com os príncipes que andavam por ali a passear nas imediações da desgraça.
Mudam-se os tempos...