Tudo bem que não estava numa livraria daquelas à séria.
E tudo bem que estamos num país supostamente livre e
cada um pode escrever o que quer.
Fui a uma estação de serviço meter gasóleo, atrasada, como é hábito, para ir
trabalhar, quando me deparo com esta pérola.
Até tenho medo daquilo que estará lá escrito mas, e prova que de manhã não
funciono, nem li nem um parágrafo.
Pesquisei um bocado e, pelo que percebi, o autor tentou fazer de D. Maria (não a primeira
dama, mas a empregada) uma espécie de comentador político fofinho, que tanto dá opinião
sobre as medidas do governo, como relata episódios da vida doméstica do
senhor Aníbal e da D. Maria (não a empregada, mas a primeira dama).
Posso apenas deixar à minha imaginação o conteúdo do livro. Que o senhor Aníbal não
levanta o tampo da sanita... Que a D. Maria é muito desarrumada...
Enfim... Temo que nada será melhor que o original.
Um dia, encho-me de coragem e compro o livro.
Parece ser óptimo para livro de cabeceira ou para atear a lareira (riscar o que não interessa).
Estava eu parada num semáforo e esta imagem aparecia e desaparecia num daqueles outdoors que alternam entre duas imagens. É uma camisa de "dormir" push up. É barata e tal (€15 na H&M a quem interessar) e ficava super sexy na modelo. Tudo bem.
Irritou-me um bocado o nome. Ora isto não é uma camisa de "dormir" porra nenhuma. Isto é lingerie. Daquela que a malta veste para seduzir e para ter sexo.
Ninguém no seu juízo normal vai dormir sozinha e vestir isto e ficar com as mamas enfiadas no pescoço a noite inteira. Se é para seduzir também não é grande coisa, eventualmente será para despir e o que estava "up", apertado e/ou escondido vai voltar ao seu lugar e pronto.
Por isso, em vez de comprar isto (esta coisa, nem sei como lhe chamar) será bem mais útil gastar €15 numa boa garrafa de vinho, que o efeito será o mesmo ou até melhor. Quer seja para dormir ou para coiso.
Vou ter um Dezembro de merda. F#$@-se!!!
Quando era miúda adorava este mês. Era o mês do Natal, montes de publicidade a brinquedos desejados na televisão, numerosas prendas e uma noite especial em que podia ficar acordada até depois da meia-noite para receber o novo ano.
Ultimamente Dezembro equivale a trabalho, trabalho e mais trabalho. Festa de Natal, avaliações, reuniões, chegar a casa depois das 10, enfim, uma bosta pegada! No final a coisa compõe-se com a família, a comida da mãe e garrafas de ginjinha partilhadas com o pai, até estarmos os dois "bem" :)
E como o mês vai ser como o amor (fodido) resolvi comprometer-me com um desafio (leia-se self-desafio) de fotos.
Cada dia uma foto.
Deixo-vos aqui o tema e convido-vos a fazê-lo também.
Não custa nada e alivia (a vida, alivia a vida!).
Começamos dia 1 de Dezembro, boa?
Não sei como vocês (leia-se outras pessoas) interagem com a segunda-feira.
A mim mata-me!
Deixa-me horrorizada logo no Domingo à noite (não consigo evitar esta pré-ocupação...) e passo o dia à espera disso mesmo: que passe.
Não seria a vida bem mais bonita cheia de sextas depois do trabalho? (é só uma ideia, ó universo...).
Hoje, depois do trabalho, fui ser gaja.
Não é que eu não tenha jeito na maioria das coisas (sim, tenho, choro e faço dramas e coiso e tal) mas há uma parte do ser gaja que sempre me escapou ao entendimento: as compras. Nunca fui de ir para as compras para aliviar males e dramas. Nem nunca gostei de ir para as compras com amigas. Espera, minto. Eu até vou para as compras para aliviar males e dramas mas acabo sempre por comprar livros. E vou sempre sozinha. E sei, porque contacto com outras gajas, que para aliviar males e dramas se compra roupa.
Ora, eu hoje não tinha nenhum mal nem nenhum drama, mas percebi que não ando a ler. Cansaço, rotina, preguiça, sei lá! O que é facto é que assim o mais parecido com literatura ultimamente são as instruções para fazer noodles e, por isso, hoje resolvi ser uma gaja bem superficial e comprar roupa e cosméticos e afins (não fosse o diabo tecê-las, passei de longe pelas livrarias. minto outra vez, passei e babei na montra, mas não entrei!).
E descobri que não percebo nada do assunto. Perdi uma hora a olhar para bases e pós compactos que me pareciam todos iguais. Vesti e despi cerca de vinte casacos na Zara. Houve uma alma caridosa que me ajudou a escolher os cosméticos, mas com a falta de jeito que para aqui impera espero não sair à rua tipo Batatinha.
Descobri hoje (sim, só hoje...) que o mundo vai acabar dia 21 de Dezembro de 2012. E fiquei deveras aborrecida. Não pelo facto de o mundo acabar mas pela data.
Ó entidade-que-vai-acabar-com-o-mundo, não consegues adiantar a coisa para eu não ter que fazer a tão chata, maçadora e patética festa de natal do colégio? Sim? (Lá para o dia 5 de Dezembro está bem para mim).
Obrigada.
...o eres solo un sueño que yo tuve.
Eu gosto do amor. Gosto de pensar no amor para sempre. Gosto de pensar que o meu amor é para sempre. E gosto de acreditar que todos temos alguém com quem é suposto envelhecermos. Muita Cinderela, eu sei, mas gosto de pensar que é assim, verdade universal e transversal.
Uma das minhas grandes amigas (daquelas do tempo em que éramos todas virgens) terminou uma relação de uma vida inteira. Amanhã vem passar o fim-de-semana comigo e claro está, com a garrafa de gin, que as dores do coração precisam sempre do seu quê de álcool. Ultrapassando os factos do que aconteceu ou não, fiquei a pensar até que ponto a paixão se transforma em amor e o amor em hábito. É porque tenho esta teoria: no início estamos todos apaixonados e, com o passar do tempo, a paixão transforma-se em amor (ou não e vai cada um à sua vida). Mas quando a paixão se torna amor, quando é que o amor se torna hábito? Quando é que olhamos para a criatura que está ao nosso lado e já não sentimos borboletas, nem no estômago, nem na alma? E será que percebemos, de imediato ou demora algum tempo até conseguirmos entender o que nos aconteceu?
[Se estão à espera da solução... não vai ser hoje, nem aqui... Eu gosto de me questionar mas raramente encontro as respostas...]