Enquanto bebericava o meu tão-merecido-gin-tónico-de-sexta-feira-à-noite-depois-de-uma-semana-cheia-de-merdas-para-resolver (ufff), passei os olhos pelos blogues em destaque. E percebi que devia lavar a cara aqui à Letra. O problema é que sou daquela malta que é apenas da "óptica do utilizador" e andei para a frente e para trás, só fiz porcaria e pensei que o melhor mesmo era deixar-me estar quieta antes que ficasse pior. Cheguei à conclusão que a Letra T vai ficar como está e pronto! Vou assumir isto assim mesmo: tenho um blog à moda antiga (quem quiser também pode dizer un-updated).
Parece-me actual, não?
Este fim-de-semana fui ao alentejo caçar.
A única coisa que cacei foi uma ressaca.
[ai a minha cabeça... ai..ai...]
Estender roupa a rezar que amanhã de manhã esteja seca...
[começo a achar que tenho uma vida triste eu...]
Estou completamente viciada nisto! No Amazing Race. Só de ouvir a música do genérico fico com nervoso miudinho no estômago.
Isto é o que eu gostava de fazer todos os dias: viajar. Tudo bem que a malta, no programa, faz desafios parvos mas, nestes tempos modernos, viajar pelo mundo inteiro parece-me um privilégio. E no final ainda arriscar ganhar um milhão de dólares também não me parece muito mal.
É que o que eu gostaria de ser quando fosse grande era escrever sobre viagens. Viajar, escrever, fotografar e tau!, saí um livro. O que na realidade acontece é que viajo (nas férias e um bocado às pressas), escrevo e tiro fotografias mas, além de ninguém querer comprar o meus cadernos e apontamentos, ainda fico sempre um bocado nas lonas.
Senhor Bruckheimer, pliz, pliz, pliz, pliiiiizz, faça um Amazing Race aqui com a malta pobre sul-europeia, deixe que eu saiba disso, seleccione-me (e ao R. já agora) e eu vou feliz e contente fazer tijolos de cocó para Marrocos ou desenterrar bonecos na neve dos Alpes Suíços. Obrigada.
"Pedro Passos Coelho, nasceu em 24 de Julho de 1964, em Coimbra, filho de António Passos Coelho, médico, e de sua esposa (casados em 1955) Maria Rodrigues Santos Mamede, enfermeira[1], o mais novo de quatro irmãos e irmãs (incluindo Miguel, que sofre de paralisia cerebral, e Maria Teresa, médica como seu pai)[2]." - retirado de Wikipédia
E até me atrevo a escrever que não foi o único irmão a sofrer de paralisia cerebral!
E mais não escrevo... Para bom entendedor...
R.!!! Fecha os portões que deve estar a chegar a polícia!
Eu gosto dos Estados Unidos! Gosto, pronto.
O R. tirou esta foto algures no estado de South Dakota, após estarmos há dois dias a atravessar campos de milho e de batata (eu, a conduzir um Camaro:)).
E isto é aquele país: malta sempre de um lado para o outro, doidos em cada esquina (ou estrada), mas todos com esperança no futuro. Não falámos com ninguém que não acreditasse. Que não tivesse planos. E ficámos cheios de inveja e profundamente tristes.
Somos, de facto, muito diferentes. E nesta altura temos uma diferença enorme: eles têm esperança (no futuro, na vida, uns nos outros, em qualquer coisa) e nós não (em nada). Já não é só um oceano que nos separa.
Quanto a mim, a única pena que tenho acerca da re-eleição do Obama é que ele não seja o presidente do meu país.
Agora, gostava de ser americana.
E também de ter esperança.
Vou ali fazer blueberry muffins e já volto...
Ontem , às 19 horas em ponto, recebi um e-mail da Autoridade Tributária e Aduaneira. Eu até copiava para aqui o conteúdo deste querido contacto que o Estado Português me fez, mas estive a ler a letras pequenas e os tipos dizem que não posso senão vou presa. Eles não dizem bem isso, mas foi o que eu li nas entrelinhas das letras pequeninas.
Basicamente o que os senhores que me roubam descaradamente me queriam dizer no e-mail é que me estão a incentivar a exigir facturas de TUDO, tudinho o que eu comprar. É que se eu exigir factura de TUDO, tudinho, o PIB vai aumentar, as receitas fiscais vão aumentar e eu não vou pagar mais impostos, a justiça entre os contribuintes também vai aumentar e vou ainda diminuir o défice orçamental e criar condições para uma futura redução da carga fiscal. E, last but not the least, vou criar condições para que Portugal possa ultrapassar com rapidez a fase dificil em que se encontra (tudo ideias deles, não minhas). Até escrevem "o nosso país", tão fofinhos. Fiquei com uma lagriminha, pequena, mas ainda assim uma lagriminha.
Gostava de conhecer alma inspirada que escreveu tão patriótico texto, pois certamente não foi a pessoa que assinou o mail.
Ainda tentei responder ao senhor da Autoridade Tributaria e Aduaneira para lhe perguntar se ele acha que com aquilo que me está a roubar eu vou ter dinheiro para comprar o que quer que seja em 2013 (e pedir a respectiva factura, claro!) mas, e como esperado, era daqueles mails no-reply. E fiquei com pena. É que isto não é assim. Ou mandam mails que se possam responder ou então estejam sossegados.
Outro ponto de irritação foi estar tudo mal escrito, ao abrigo de uma das coisas mais estúpidas que já por aqui se fez, de seu nome acordo ortográfico. Ele era "fatura" para cá e "efetuar" para lá. Enfim, uma pobreza.
Para finalizar ainda me ameaçam a dizer que me vão enviar mais mails.
É preciso ter uma paciência...