Tal como estava à espera, os dias que se seguiram foram difíceis. Muito trabalho, muito stress, muitas preocupações. O que é engraçado é o universo arranja maneira de equilibrar as coisas, de uma forma engraçada e, entre coisas más, também aconteceram as boas. Até se começaram a resolver coisas que estavam há muito paradas mas que tinham que ganhar movimento.
Por isso tudo {e talvez por estar de férias e a descansar} estou bem. {sim, é apenas isto}.
Ontem foi um dia difícil.
Hoje também.
Acredito que amanhã também vai ser e os próximos dias que se seguirão.
Recebi duas {péssimas} notícias, que me deixaram até agora doente, agoniada, com vontade física de vomitar. A situação é tão triste que nem me permiti deitar uma única lágrima.
Lembrei-me do tempo em que éramos todos miúdos.
Do tempo em que o deixámos de o ser.
Só não me tinha preparado para o facto que, naturalmente, vamos todos envelhecer {e desaparecer}.
Como será daqui a 20 anos? A 30? Ainda estaremos todos? Já teremos dito adeus a alguém?
E é como uma nuvem, que paira aqui, bem por cima da minha cabeça e se recusa a sair.
Dói-me a alma, dói-me muito.
Apetece-me gritar, saltar, arrancar tufos de cabelo.
Vou abrir uma garrafa de vinho.
Vou percorrer a lista de a a z e telefonar a toda a gente e dizer tudo o que me vai na alma.
Não acredito em homenagens póstumas. O amor deve ser dito enquanto estamos todos cá.
Gosto muito de ti {sendo este 'ti' uma data de pessoas, que fazem a minha história}.