Confesso que a noite de Santo António em Lisboa é um dos meus acontecimentos preferidos do ano! As ruas cheias de gente, a música dos bailaricos, o cheiro a sardinha assada e a manjerico fazem parte das boas recordações.
No entanto, este ano fiz a asneira de não ficar toda a noite no mesmo sítio. Subir e descer ruas, no meio de uma multidão semi-embriagada pode revelar-se um desporto difícil, capaz de pôr à prova a paciência (que não é de santo...). Comprovei assim que, nesta noite, a melhor opção é escolher um local, ir lá jantar e por ali ficar o resto da noite!
E porque andamos tanto a percorrer os bairros típicos de Lisboa? Escapa-me o porquê, pois de típico já nada têm. Não existem os típicos bailes, nem as sardinhas nem sequer as senhoras rudes de Alfama, que agora apenas vendem cerveja com ar entediado, aos grupos de bêbados que insistem em ver o típico!
Depois de muito andar e de muito beber, o que me deixou extenuada e com os copos, só consegui vir para casa já o sol brilhava (e bem!!!). Esta é outra dúvida minha: porque é que numa noite como esta, em que estão tantas pessoas na rua, o metro não funciona o tempo todo?!?!? O resultado são multidões quase a andar à batatada por um táxi ou, como fiz, caminhar mais um quilómetro e esperar pacientemente que o metro abrisse. O nosso país tem sempre este problema, somos muito animados e tal, mas condições espera aí já venho!!
A noite valeu, mesmo assim, pela companhia e por alguns laivos de celulite que se perderam com tanta andança!