Na verdade, já me habituei a estar sem ti e espanto-me cada vez que penso nisso. Não é que eu não acreditasse em mim ou nas minhas capacidades, mas cheguei a duvidar delas. Dei-te ouvidos quando me dizias coisas inoportunas em momentos não mais oportunos.
Tinha medo que o ar deixasse de ser respirável pela força da tua ausência e comprovei o oposto.
Não sei quantas luas ainda irão passar para me passar, a mim, o vazio que cá ficou. Entretanto, vou-o preenchendo com coisas reveladoras do mundo que me rodeia e que aprendi a viver.
E decidi que me vou casar com o primeiro grande amor que me aparecer pela frente, pois não sei amar de outra forma nem tão pouco relativizar a paixão. Para mim, todos os amores são grandes, pois são os meus.
E as horas nunca voltam para trás.
Gostava de ser assim, movido a grandes amores e paixões arrebatadoras.
Estou assustado. Todos os que me rodeiam falam de como é estar apaixonado, do friozinho no estômago, do bloqueio comunicativo na hora de lhe dizer o que realmente se sente...e eu nada! É impressionante o facto de ser o rapaz do grupo que já teve mais relações sérias e, agora que os (te) ouço a falar, chego à conclusão de que nunca gostei, realmente, de ninguém. Talvez por isso nunca me tenha custado nada assumir a responsabilidade de calar e beijar logo ou de acabar sempre que achei conveniente. Gostava de gostar...
*
De
daily a 27 de Dezembro de 2008 às 15:06
Relações sérias não são, de todo, sinónimo de paixão. E as definições do amor são tantas quantos são os intervenientes neste mundo de trocas afectivas.
Não tenho receitas para o amor e, mesmo que as tivesse, provavelmente não irias aceitá-las, que isto do amor não se ensina.
Só te posso dizer que quando já não for importante gostar ou gostar de gostar talvez aí gostes mesmo... de alguém. Bom 2009 para ti. *
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