Até ontem à tarde, a vida decorria pacifica e amena {dentro do género}.
Depois de ontem à tarde, descobri uma nova faceta da maldade humana.
Eu, que não sou do género de guardar tudo para mim, gritei, esperneei, disse um monte de asneiradas, telefonei aos amigos, chorei, bati com portas, bebi vinho, fumei e descabelei-me {não sei se por esta ordem}.
Hoje, ainda o relógio não tinha dado as nove e meia da manhã, já tinha recebido:
1. Uma garrafa de vinho tinto {do bom!}
2. Um provérbio chinês: "Não discutas com um imbecil, que ele faz-te descer ao nível dele e vence-te em experiência."
Conclui que, para cada pessoa má com quem nos cruzamos, aparecem pelo menos três que são daquelas mesmo boas. Enquanto o saldo for este, ó universo, podes continuar a mandar malta que não vale a pena. Estás à vontade.
...STOP!
Eu tenho 35 anos e não tenho filhos.
Cuido dos filhos dos outros e toda a vida estive na escola {entrei aos 3 anos e ainda de lá não saí}.
E tenho ideia de que {com as devidas excepções bem assinaladas} só a malta "fraquinha" é que anda para aí a procriar.
Tenho a sorte {sim, sorte. eu tento ver o copo meio cheio...} de morar paredes meias com um bairro social, daqueles já muito antigos. Sem barracas, mas ainda assim bairro social. Os meus vizinhos têm milhentos filhos e netos. Eu não tenho filhos, a maioria dos meus amigos também não e os que se atreveram só têm um. Ora isto, pensando na população de Portugal no futuro, quer dizer que vai haver mais malta "fraquinha" do que pessoas a pensar bem. E escrevo isto com plena consciência de que alguém achará que sou xenófoba ou snob ou qualquer coisa no meio. Mas não sou. E isso basta-me.
No sábado, na fila do supermercado, à minha frente estava uma família, o casal e um puto que devia ter 9 ou 10 anos. A criança estava a pedir qualquer coisa, ao que a mãe respondeu: "só se for maria". E eu pensei que o puto queria bolachas e que a mãe tinha indicado as bolachas maria. Fiquei bastante surpreendida {não sei o porquê de ainda me surpreender!!} quando o miúdo volta para a fila com a revista maria na mão. Não só a trazia na mão, como também estava super interessado a lê-la!
E depois ainda se acha estranho haver mais candidaturas a reality shows badalhocos do que à universidade.
São as crianças que temos. São as crianças que hoje educamos. E vão ser os adultos que, no futuro, vão fazer figuras de estúpidos para a televisão. Ou para o governo.
Dor.
Hoje vim aqui só dizer ai.
AI
Já disse.
Lost.
In space.
In translation.
In the echo.
Whatever... just lost.
Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives. Some of the most interesting 40-year-olds I know still don't.
Nunca pensei muito na vida.
Não, não é bem assim. Vou reformular.
Nunca pensei muito sobre o que seria o futuro, no mundo real.
Fantasiei, como toda a gente, sobre muitas coisas, como o emprego, o amor, as relações, os filhos, enfim, sobre tudo. Mas escapou-me a vida real.
Dou por mim {com quase 40 - leia-se anos - ...oh yeah} sem fazer absolutamente porra de ideia nenhuma do que quero fazer agora, na vida real, que finalmente chegou. Pois é, o futuro é agora.
O que é que quero fazer da {minha} vida?
Só está claro o que não quero fazer {que é aquilo que faço agora}.
Vou fazer bolos? Colares? Compotas? Escrever livros sobre viagens? Fotografar? Aprender a costurar? Organizar casamentos? Abrir um café? Um restaurante? Pintar quadros? Pintar paredes? Fazer vinho?
{aceita-se respostas daquelas mesmo boas}
Não sei bem como explicar isto, mas sou procrastinadora por natureza. Deixo para amanhã aquilo que poderia fazer hoje, contrariando tudo aquilo que me foi incutido pelos meus pais e tudo aquilo que {supostamente} me deveria estar nos genes. Transviei. Nada há a fazer.
Lembro-me que os quartos e apartamentos que me serviam de casulo na altura da faculdade estavam sempre uma confusão, excepto, claro, na altura de exames quando, em vez de estudar, arrumava e limpava todos os cantos e recantos com um empenho de fazer inveja a qualquer dona de casa alentejana {sim, daquelas que até lavam o alcatrão da estrada que passa em frente de casa}.
E hoje, passados alguns anos, dou por mim a evitar fazer aquilo que não me apetece {escrever avaliações} da mesma forma como evitava estudar. Não, não estou a esfregar o chão da cozinha mas arranjei um substituto que requer menos esforço fisico. Basicamente estou a pesquisar palavras estranhas no dicionário. Posto isto, mais vale partilhar o que aprendi {e depois vou ter mesmo que ir fazer as avaliações...}.
esplenomegalia (grego splén, -énos, baço + grego mégas, megále, méga, grande + -ia)
Descobri hoje (sim, só hoje...) que o mundo vai acabar dia 21 de Dezembro de 2012. E fiquei deveras aborrecida. Não pelo facto de o mundo acabar mas pela data.
Ó entidade-que-vai-acabar-com-o-mundo, não consegues adiantar a coisa para eu não ter que fazer a tão chata, maçadora e patética festa de natal do colégio? Sim? (Lá para o dia 5 de Dezembro está bem para mim).
Obrigada.
. nothing to do today but s...
. damn!
. a dar tiros no pé desde 7...
. continua a ser vergonhoso...
. inspiration