Há uns dias li um artigo onde o tema principal era que, se pudesses escrever uma carta ao teu "futuro eu", o que escreverias?
E, ao mesmo tempo em que uma data de ideias {muito óbvias} me assaltavam, percebi que, na realidade, é difícil escrever tal carta, pois tudo muda e nós, inevitavelmente, também.
Quando tinha 20 anos eu já sabia tudo, agora, com quase 40, não sei nada de nada... e cada vez vou sabendo menos... {a minha "sabedoria" diminui à medida que a idade aumenta!}.
E pergunto-me: "Com 20 anos achavas que a tua vida ia ser o que agora é?"
E respondo-me {do alto da minha ignorância}: "Não sei..."
Não sei, porque não me lembro, ou lembro-me pouco, de quem eu era nessa altura. E porque agora, aos 40, sou o resultado das escolhas {ou da falta delas} que fiz aos 20.
Nem tudo é bom agora, tal como não era tudo bom há vinte anos atrás. E há coisas muito melhores agora e, outras, muito piores.
No meio de tudo isto, o que realmente me preocupa é a minha cabeça sentir-se com 16 anos...