Tudo bem que não estava numa livraria daquelas à séria.
E tudo bem que estamos num país supostamente livre e
cada um pode escrever o que quer.
Fui a uma estação de serviço meter gasóleo, atrasada, como é hábito, para ir
trabalhar, quando me deparo com esta pérola.
Até tenho medo daquilo que estará lá escrito mas, e prova que de manhã não
funciono, nem li nem um parágrafo.
Pesquisei um bocado e, pelo que percebi, o autor tentou fazer de D. Maria (não a primeira
dama, mas a empregada) uma espécie de comentador político fofinho, que tanto dá opinião
sobre as medidas do governo, como relata episódios da vida doméstica do
senhor Aníbal e da D. Maria (não a empregada, mas a primeira dama).
Posso apenas deixar à minha imaginação o conteúdo do livro. Que o senhor Aníbal não
levanta o tampo da sanita... Que a D. Maria é muito desarrumada...
Enfim... Temo que nada será melhor que o original.
Um dia, encho-me de coragem e compro o livro.
Parece ser óptimo para livro de cabeceira ou para atear a lareira (riscar o que não interessa).