Isto de sair à noite é uma arte! Não é fácil estarmos ali, nós e os nossos problemas, a tentar fazer com deixem de ser problemas. Tentamos divertir-nos e pasarlo bién. E todos os outros provavelmente também estarão a fazer o mesmo, ou outras coisa mais ou menos parecidas. O que é facto é que estamos todos ali e temos que nos aturar.
E como se não bastassem aquelas conversas que vêm ter connosco directamente, ainda sofremos danos auditivos colaterais. Quando são frases interessantes ou giras ou, vá, engraçadas, tudo bem. Mas assim...
Dizia um jovem para a sua vítima: "Conheces este som?? É Pearl Jam..."
Ó meu amigo... Pearl Jam?!? É claro que ela não conhece, aliás quem é que conhece?!? Só tu, provavelmente, que deves ser iluminado (nem quero eu imaginar por que tipo de luz).
Juro que não sou preconceituosa. Aliás, vivi (e ainda vivo)o trauma de apelidarem a minha geração de rasca, mas bolas, há um mínimo. Esta malta mais nova não tem noção. De nada. Só de que há uma banda que se chama Pearl Jam... não sei se conhecem...
Sábado à noite. Um grande esforço para sair, porque a cabeça só manda o corpo ficar deitado no sofá... mas não pode ser! Não pode! Vá! Bebe umas minis, diz umas barbaridades, acaba com os neurónios da amiga que acedeu (coitadinha!!!) em vir jantar contigo, põe um betume na cara, veste outra coisa que não seja o pijama e sai de casa.
Ok. Está bem. Vou sair de casa, mas que ninguém me diga nada, ninguém se meta comigo, que vou para dançar e beber e não para conversas de merda, daquelas ao jeito do engate pobrezinho, que hoje não estou com paciência. E mais! Se algum caramelo me diz que se chama R. dou-lhe uma sova! Tenho dito!!!
Bairro Alto. Clube da Esquina, vodka a saber a água. Segue. Não pares de beber e não penses em mais nada. Olha, vai mas é dançar, que expulsa as energias, as boas e as más, e dormes que nem um anjinho.
Jamaica. Um mar de gente, uma multidão às 2 da manhã. Coisa estranha. Será que só são mesmo 2 horas?!? Sim, são só mesmo duas horas...
Vai ao bar. Bebe imperial para não saires daqui de gatas, que à velocidade que as vodkas se bebem daqui a pouco estás com a cabeça na sanita. Vá! E agora vai dançar!
Abordagem 1:
- Vamos dançar os dois?
- Obrigada, mas não me apetece. Gosto de dançar sózinha.
- E como é que te chamas?
- T.
- Olá, eu sou o R.!
(não, não lhe bati. E foi pena.)
Abordagem 2:
- Olá!!! Então como é que se chama a menina?
- Não importa! Ou danças ou vais ter que sair desta zona. Aqui dança-se!
- Bolas!!! És mesmo antipática...
- Exacto. E como sou antipática e há toda uma discoteca cheia de miúdas simpáticas, porque é que não vais falar com elas?!?
- Porque te quero ajudar!!!
(não, também não lhe bati. E também foi pena.)
Vá. Vamos embora para casa, que a música acabou e já estás a ver duas portas onde sabes existir só uma.
Não digas tantos palavrões dentro do táxi.
Abre a porta, sobe as escadas e vai dormir que daqui a pouco os teus pais estão a tocar à campainha para o almoço de Domingo.
A hora mudou e estou com uma dor de cabeça que não lembra a ninguém. Provavelmente, não existe nenhuma relação entre estes dois factos, mas é uma explicação tão boa como qualquer outra.
Na verdade, acho que foi do beijo. Sexta à noite fui dançar um bocado, para expulsar as energias que andam à pancada dentro de mim. E, assim do nada, aparece uma criatura que me dá um beijo na testa. Mas não foi um beijo qualquer... foi um beijo cheio de sentimento, de tal forma que até fiquei com a testa babada! E tal como veio, desapareceu. Talvez ele estivesse com esperança que eu me transformasse em princesa ou qualquer coisa do género...
E agora dói-me a cabeça. Raios parta estes cavaleiros do século XXI!!!
Confesso que a noite de Santo António em Lisboa é um dos meus acontecimentos preferidos do ano! As ruas cheias de gente, a música dos bailaricos, o cheiro a sardinha assada e a manjerico fazem parte das boas recordações.
No entanto, este ano fiz a asneira de não ficar toda a noite no mesmo sítio. Subir e descer ruas, no meio de uma multidão semi-embriagada pode revelar-se um desporto difícil, capaz de pôr à prova a paciência (que não é de santo...). Comprovei assim que, nesta noite, a melhor opção é escolher um local, ir lá jantar e por ali ficar o resto da noite!
E porque andamos tanto a percorrer os bairros típicos de Lisboa? Escapa-me o porquê, pois de típico já nada têm. Não existem os típicos bailes, nem as sardinhas nem sequer as senhoras rudes de Alfama, que agora apenas vendem cerveja com ar entediado, aos grupos de bêbados que insistem em ver o típico!
Depois de muito andar e de muito beber, o que me deixou extenuada e com os copos, só consegui vir para casa já o sol brilhava (e bem!!!). Esta é outra dúvida minha: porque é que numa noite como esta, em que estão tantas pessoas na rua, o metro não funciona o tempo todo?!?!? O resultado são multidões quase a andar à batatada por um táxi ou, como fiz, caminhar mais um quilómetro e esperar pacientemente que o metro abrisse. O nosso país tem sempre este problema, somos muito animados e tal, mas condições espera aí já venho!!
A noite valeu, mesmo assim, pela companhia e por alguns laivos de celulite que se perderam com tanta andança!
Sábado à tarde. Estou um caos. Ontem fui sair e bebi demais. Demais mesmo!! Conhecem a expressão "beber todas"? Foi o que fiz. Comportei-me como se viesse aí uma lei seca qualquer que banisse todo o alcool do planeta.
Fui ao Lux ver Tiefschwarz e não gostei. Depois de ver Laurent Garnier tem sido difícil encontrar outro Dj ao mesmo nível, aliás, estou ainda à espera que tal aconteça. É a vida.
Estou de rastos,mas tenho que ir a correr ao Supermercado. Daqui a pouco chegam os amigos para o jantarzinho de Sábado à noite. Se calhar, para ganhar coragem devia beber qualquer coisa :))
Bom fds.
. sapos
. Santo António já se acabo...
. Gosto tanto deste quadro....
. inspiration