...o eres solo un sueño que yo tuve.
Eu gosto do amor. Gosto de pensar no amor para sempre. Gosto de pensar que o meu amor é para sempre. E gosto de acreditar que todos temos alguém com quem é suposto envelhecermos. Muita Cinderela, eu sei, mas gosto de pensar que é assim, verdade universal e transversal.
Uma das minhas grandes amigas (daquelas do tempo em que éramos todas virgens) terminou uma relação de uma vida inteira. Amanhã vem passar o fim-de-semana comigo e claro está, com a garrafa de gin, que as dores do coração precisam sempre do seu quê de álcool. Ultrapassando os factos do que aconteceu ou não, fiquei a pensar até que ponto a paixão se transforma em amor e o amor em hábito. É porque tenho esta teoria: no início estamos todos apaixonados e, com o passar do tempo, a paixão transforma-se em amor (ou não e vai cada um à sua vida). Mas quando a paixão se torna amor, quando é que o amor se torna hábito? Quando é que olhamos para a criatura que está ao nosso lado e já não sentimos borboletas, nem no estômago, nem na alma? E será que percebemos, de imediato ou demora algum tempo até conseguirmos entender o que nos aconteceu?
[Se estão à espera da solução... não vai ser hoje, nem aqui... Eu gosto de me questionar mas raramente encontro as respostas...]