...o eres solo un sueño que yo tuve.
Eu gosto do amor. Gosto de pensar no amor para sempre. Gosto de pensar que o meu amor é para sempre. E gosto de acreditar que todos temos alguém com quem é suposto envelhecermos. Muita Cinderela, eu sei, mas gosto de pensar que é assim, verdade universal e transversal.
Uma das minhas grandes amigas (daquelas do tempo em que éramos todas virgens) terminou uma relação de uma vida inteira. Amanhã vem passar o fim-de-semana comigo e claro está, com a garrafa de gin, que as dores do coração precisam sempre do seu quê de álcool. Ultrapassando os factos do que aconteceu ou não, fiquei a pensar até que ponto a paixão se transforma em amor e o amor em hábito. É porque tenho esta teoria: no início estamos todos apaixonados e, com o passar do tempo, a paixão transforma-se em amor (ou não e vai cada um à sua vida). Mas quando a paixão se torna amor, quando é que o amor se torna hábito? Quando é que olhamos para a criatura que está ao nosso lado e já não sentimos borboletas, nem no estômago, nem na alma? E será que percebemos, de imediato ou demora algum tempo até conseguirmos entender o que nos aconteceu?
[Se estão à espera da solução... não vai ser hoje, nem aqui... Eu gosto de me questionar mas raramente encontro as respostas...]
É, sem dúvida, mais fácil mandar a responsabilidade dos nossos pesos de consciência para cima de outra pessoa. "Ai e tal, sou tão traumatizado porque não sei quem fez-me não sei o quê há não sei quanto tempo." - dizemos todos, pelo menos uma vez na vida ou uma vez por dia, dependendo do grau de auto-pena (?!?) de cada um.
Somos cheios de pré-conceitos sobre quem nos rodeia, porque comparamos pessoas, atitudes e personalidades, baseados na nossa própria experiência. O problema é que nem sempre ajuizamos bem e vamos cometendo erros por aí com uma leveza do caraças. E, de traumatizados, passamos, sem saber, a ser a causa do trauma de outro.
Seria bem mais simples se me dissesses, sem medo, vou só ali beber uma imperial com a minha amiga com quem gosto de conversar e já vou ter contigo. Mas sem medo. Porque o medo denuncia traumas. Coisas mal resolvidas. E se, anteriormente, alguém se zangou contigo porque foste beber uma imperial com uma amiga com quem gostavas de conversar isso não é um problema meu. É teu. Resolve-o.
É de consenso geral que os homens não entendem conversas subtis. Nós, mulheres, aceitamo-lo como dado adquirido e os homens escudam-se atrás desta "verdade universal", até porque dá jeito. Dá jeito não perceber, dá jeito não ter compreendido, dá jeito não ter reparado.
Este rótulo de tontos assenta-lhes que nem uma luva e é desculpa para ignorar uma data de coisas.
Somos diferentes e seremos sempre diferentes, não importa o número de roupa interior que se queime. Aceito isso, além de que não sou feminista. Apenas acredito em igualdade de oportunidades. E, como tal, divido contas de jantares, tarefas domésticas, ofereço flores e, se necessário for, abro portas para os “senhores” passarem. Se, de facto, queremos igualdade assim é que está bem. A factura está paga.
Mas rotular todas a nossas acções e pensamentos como “coisas de gajas” e continuar como se não tivéssemos dito ou feito nada irrita-me profundamente. E isto acontece porque, na realidade, se trata apenas de uma manobra de diversão para evitar conversas e/ou situações conotadas como dificeis. Não sei, não ouvi e não reparei. Pronto. Assunto resolvido.
Há uma diferença substancial entre o drama de trazer por casa (utilizado por ambos os sexos) e querer discutir um determinado assunto.
Chega de conotações. Assim não vamos lá.
(AHHHHHHH como odeio estereótipos!!!)
. ahora no se si tu existis...
. Vai mas é fazer o trabalh...
. inspiration