Cada um de nós tem a sua forma de estar no mundo. Age e reage de acordo com ela. Talvez seja por isso que nos estejamos sempre a surpreender uns aos outros.
Namorámos 7 anos. Vivemos juntos quase 6. E agora, 2 anos depois de estarmos separados, ainda não perdeste a capacidade de me deixares com um ponto de interrogação na testa, o que é, de facto, impressionante.
A J.A. diz que és egoísta, e és. A A.R . diz que eu não tenho nada a ver com aquilo que estás a viver, que não é problema meu, e não é. Ambas têm razão.
O mais ridículo P., é foste tu quem quis voar, conhecer outras coisas e pessoas. Eu estava de rastos e tu ias viajar. Eu chorava e tomava antidepressivos , e tu divertias-te pelas discotecas de Lisboa. Eu tinha os meus amigos de sempre e tu andavas a conhecer meio mundo, no auge das tuas relações sociais .
Mas a vida é fascinante pelas mudanças que opera em si mesma. E agora que sou eu quem viaja, vai às discotecas e conhece pessoas, não ficas um bocadinho feliz por mim... Apenas perguntas, tipo abutre à espera da desgraça, se não vou ter uma recaída...por ti! És uma pessoa excelente, adoro-te, mas agora estás a ser um autentico estupor!
E não! Não vou ter recaída nenhuma porque simplesmente já não mexes com os meus botões!! E deve ser isso que te deixa mal, porque afinal eu sempre fui o teu porto seguro, e agora o porto fechou as portas! Percebeste, finalmente, que nunca irás voltar para mim, não porque não queres, mas sim porque EU não quero.
Senti-me a estupidificar quando te perguntei se querias que me afastasse de ti, para que a minha felicidade não te impedisse, a ti, de ser feliz. Sabes que mais? Não quero saber! Não me interessa! Terás sempre a minha amizade incondicional. Mas é só isso que terás...