É, sem dúvida, mais fácil mandar a responsabilidade dos nossos pesos de consciência para cima de outra pessoa. "Ai e tal, sou tão traumatizado porque não sei quem fez-me não sei o quê há não sei quanto tempo." - dizemos todos, pelo menos uma vez na vida ou uma vez por dia, dependendo do grau de auto-pena (?!?) de cada um.
Somos cheios de pré-conceitos sobre quem nos rodeia, porque comparamos pessoas, atitudes e personalidades, baseados na nossa própria experiência. O problema é que nem sempre ajuizamos bem e vamos cometendo erros por aí com uma leveza do caraças. E, de traumatizados, passamos, sem saber, a ser a causa do trauma de outro.
Seria bem mais simples se me dissesses, sem medo, vou só ali beber uma imperial com a minha amiga com quem gosto de conversar e já vou ter contigo. Mas sem medo. Porque o medo denuncia traumas. Coisas mal resolvidas. E se, anteriormente, alguém se zangou contigo porque foste beber uma imperial com uma amiga com quem gostavas de conversar isso não é um problema meu. É teu. Resolve-o.