Este ano é o ano do boi para o chineses. Diria eu, que não percebo nada destas coisas das previsões, que é mais o ano da vaca.
Se 2008 teve um início fantástico 2009 está a ser horrível, para todos, pelos mais variados motivos, que nem me atrevo aqui a escrever, pois ainda desato a chorar e sinceramente estou cansada. Não sei onde raio fui buscar tanta lágrima para deitar!
A merda do boi não me está a trazer nada de bom e juro que me esforço e tento e essas coisas todas, mas (dassssssss) resultados nem vê-los.
Poderia estar aqui a queixar-me (e até estou) mas (dasssss) já nem isso me apetece fazer. Ando num estado que o pessoal do colégio acha que estou com gripe e vêm oferecer-me comprimidos e chá quente a toda a hora. Até as minhas crianças, que apenas têm 2 anos, já repararam que ando na merda e passam os dias a dar-me abraços e beijocas.
Quando estás sentada no chão e um miúdo de 2 anos chega ao pé de ti e começa a fazer-te festas na cabeça isso deve querer dizer alguma coisa.
Ó universo, dá aí uma voltinha ao boi, à vaca, ao que quiseres, mas arranja maneira de facilitar aqui a vida ao pessoal, senão qualquer dia estamos todos no Saldanha ao lado do velhote de cabelos brancos a fazer adeus aos carros!!!
Tenho saudades tuas. Daquelas saudades que me cansam o peito e fazem a barriga doer. Nunca me curei de tua morte e agora acho que nunca irei fazê-lo.
Sinto falta dos teus beijos, dos teus abraços e de ser princesa pelas tuas palavras doces e gentis, de um cavalheiro de outros tempos.
Lembro-me dos teus olhos tão azuis, que eu não tenho. E lembro-me do teu nariz esquisito e do teu mau-feitio, que tenho, tal como tu. Igual a ti.
Quando passo pela tua casa sinto uma esperança quase infantil de ainda te ver lá, à porta, a sorrir.
E choro, mil vezes, mil lágrimas. Faço uma birra a mim própria, não querendo acreditar que nunca mais te vou ver, tocar as tuas mãos ou rir-me das tuas graças, também elas de outros tempos.
E escrevo-te, porque não sei fazer mais nada. Porque me viste surgir no mundo e eu tive que te ver sair dele.
Passei o dia de hoje com vontade de vir para casa, cair no sofá e dormir. Agora que já cá estou é óbvio que não me apetece fazê-lo.
Dias dificeis são uma merda. Ando aqui a convencer-me que depois da tempestade vem a bonança que é para ver se isto não corre tão mal, mas não está simples.
Vou ver se lavo roupa e a estendo, e já agora se limpo o frigorifico, que já cheira a cadáver.
Espera-se melhor sentimento...
Às vezes, muitas vezes, sinto-me farta de mim. Outras vezes apenas sinto falta de mim. Tanta coisa mudou dentro e fora de mim, que agora não sei muito bem como viver. Desaprendi a felicidade e agora não consigo senti-la. Vivo numa imensa confusão de sentidos, onde não sei onde me colocar, onde tudo é vão e confuso.
Queria fugir de mim, mas não me deixo em paz. Queria deixar-me levar, mas não consigo. Lamento-me. Agarro-me. Controlo-me. Magoo-me . Atraso-me. Retraio-me. Vou levar-me ao fracasso e percebo que vou arrepender-me.
Faço-me tanto mal...