Tudo bem que não estava numa livraria daquelas à séria.
E tudo bem que estamos num país supostamente livre e
cada um pode escrever o que quer.
Fui a uma estação de serviço meter gasóleo, atrasada, como é hábito, para ir
trabalhar, quando me deparo com esta pérola.
Até tenho medo daquilo que estará lá escrito mas, e prova que de manhã não
funciono, nem li nem um parágrafo.
Pesquisei um bocado e, pelo que percebi, o autor tentou fazer de D. Maria (não a primeira
dama, mas a empregada) uma espécie de comentador político fofinho, que tanto dá opinião
sobre as medidas do governo, como relata episódios da vida doméstica do
senhor Aníbal e da D. Maria (não a empregada, mas a primeira dama).
Posso apenas deixar à minha imaginação o conteúdo do livro. Que o senhor Aníbal não
levanta o tampo da sanita... Que a D. Maria é muito desarrumada...
Enfim... Temo que nada será melhor que o original.
Um dia, encho-me de coragem e compro o livro.
Parece ser óptimo para livro de cabeceira ou para atear a lareira (riscar o que não interessa).
Estender roupa a rezar que amanhã de manhã esteja seca...
[começo a achar que tenho uma vida triste eu...]
Gostava tanto mas tanto tanto de saber onde anda a senhora que vem (ou vinha) limpar-me a casa e passar a roupa a ferro...
Estou quase a ir espalhar cartazes pelos candeeiros aqui do bairro...
Sim, bem-haja a senhora que toma conta das minhas coisas cá em casa pois está mais que visto que eu não consigo fazê-lo.
Há pouco, andava aqui por casa a não fazer nada, a não ser existir e aproveitar as férias da maneira que me apetece e ninguém tem nada a ver com isso (uffff....), e achei que até não era mal pensado pôr a roupa que estava já a cair por fora do cesto a lavar. Resultado: numa só lavagem consegui encolher uma saia que agora deve ficar bem à Barbie e ainda tingir a roupa interior do R. assim de um cor-de-rosinha bem fofinho.
Rest my case...
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